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Sono e a saúde

Um dos momentos mais revitalizantes para qualquer pessoa é o sono. Uma noite bem dormida é responsável por grande parte da disposição do dia seguinte. Quando dormimos, no nosso organismo acontecem vários processos metabólicos necessários ao equilíbrio do todo. Horas de sono desperdiçadas prejudicam importantes funções do corpo, como, por exemplo, os reflexos.

Cabe aqui ressaltar que quando falamos de dormir, estamos nos referindo ao sono noturno, que traz saúde. O ser humano é um ser diurno e as suas principais funções de regeneração ocorrem à noite.

Um bebê deve dormir em média 18 horas, sendo que os períodos de vigília alternam-se com os do sono, sendo, claro, que os períodos de sono são os maiores. Isso vai se modificando conforme a idade. A criança de 3 anos passa a maior parte do seu dia acordada, mas, além das 10 a 12 horas de sono da noite, deve também ter em torno de uma hora de soneca à tarde. Dos 4 aos 6 anos, ela precisa de 10 a 12 horas de sono noturno, e não tem mais necessidade de sono da tarde. Dos 7 aos 12 anos, precisa em torno de 8 horas.

A partir dos 13 anos, as crianças precisam dormir em torno de 10 horas por noite, e esse aumento da necessidade de sono ocorre em função da intensificação da atividade dos hormônios sexuais e de crescimento. É uma necessidade orgânica e, daí, o dito popular: “A gente cresce enquanto dorme”. Dos 20 aos 30 anos, os adultos precisam dormir de 9 a 10 horas. Depois dos 30 anos, 7 a 8 horas são suficientes, observando-se as características do biorritmo individual.

Assim sendo, a criança deve ser como um passarinho: dormir logo que anoitecer e acordar com o nascer do sol. O motivo é fisiológico. Estudos revelaram que certos hormônios só são liberados adequadamente no organismo quando se está acordado durante o dia, e outros só quando se está dormindo o sono noturno, respeitando-se os ciclos naturais. Há ainda substâncias que preparam para o acordar, o cortisol, e para adormecer, a melatonina. Quando as crianças ficam acordadas até altas horas da noite, estas substâncias acabam transformando-se em agitação. Aí, quando os pais demonstram sinais de extremo cansaço, a criança parece estar ligada na tomada ou irritada, e isto pode gerar um desgaste. Uma criança que dorme tarde, e acorda no meio ou no final da manhã, tem alterados os seus ritmos biológicos, e isto não é saudável, inclusive para a aprendizagem. Deitar-se cedo permite que a criança durma as horas necessárias para acordar disposta no dia seguinte.

O ritmo saudável contribui para que os processos de crescimento, restauração e manutenção ocorram. O ritmo biológico do sono acompanha o ciclo da natureza: dia e noite.

Devemos dormir à noite e estar acordados de dia! Parece óbvio, mas temos que ter consciência da importância deste ciclo para qualquer um de nós, independentemente de ser criança ou adulto. O sol da manhã é essencial para todos. Pensar que o sono é resposto quando dormimos até o meio-dia, ou no final de semana, é uma ideia errada.

“Mas meu filho não quer ir para a cama de jeito nenhum. O que eu posso fazer?”. Realmente, fazer com que seu filho acostume-se a dormir cedo pode ser uma experiência desafiadora. Entretanto, um detalhe importantíssimo não deve ser esquecido. Para que o ritmo se estabeleça, é extremamente importante prepará-lo para o sono com uma sequência de ações que sejam repetidas todos os dias, criando uma rotina sempre na mesma ordem, como um ritual.

Acontece que chegar mais cedo em casa pode ser quase impossível para alguns pais. De qualquer forma, é importante certificar-se de que a criança estará na cama no horário proposto. A criança deve dormir na mesma hora todos os dias, seguindo preferencialmente, sempre a mesma sequência, como por exemplo: tomar banho, vestir o pijama, jantar, escovar os dentes, ouvir uma história e “boa noite!”. Chega a ser inacreditável, mas a experiência mostra que, por volta de um mês, até mesmo os mais rebeldes acabam se rendendo ao ciclo e pedindo para ir para a cama.

A criança acostumada a dormir e levantar-se cedo beneficia não só a ela, mas também a seus pais. Isso porque chega um momento no dia em que os pais devem repousar para dar lugar ao casal. Afinal de contas, relação nenhuma sobrevive às exigências da vida se não for constantemente vivenciada e realimentada, dia após dia.

Quando um ritmo saudável é criado, os pais não precisam se desgastar, argumentando para fazer com que os filhos acatem sua decisão. Na hora de dormir, naturalmente vão para a cama, sem precisar forçar. Com o passar do tempo, esta rotina ritmada se tornará um hábito saudável.

Stirbulov, Sandra. A arte de educar em família: Os desafios de ser pai e mãe nos dias de hoje / Sara Stirbulov, Rosemeire Laviano. São Paulo: All Print Editora, 2015.

 

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